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Misericórdia de Lamego celebrou memórias do extinto Mosteiro das Chagas

Numa celebração das memórias do emblemático espaço de devoção que foi o Mosteiro das Chagas, a Santa Casa da Misericórdia de Lamego promoveu um espetáculo musical inteiramente dedicado ao compositor alemão Johann Sebastian Bach.
As portas da Igreja das Chagas abriram, na noite de 25 de novembro, para um concerto verdadeiramente sublime e inspirador, com o público a assistir às interpretações de Inês Correia (flauta transversal), de Tiago Ferreira (órgão) e do Coro desta Santa Casa, dirigido pelo maestro Joel Valente.

Foi uma noite de glória e de festa para esta instituição social. A sua riqueza e a opulência fizeram do Mosteiro das Chagas, no seu tempo, um dos mosteiros mais imponentes do país. No dia em que há 435 anos foi lançada a primeira pedra, quisemos celebrar as memórias – materiais e espirituais –  desta casa religiosa feminina. Felizmente, muitos lamecenses aceitaram o nosso convite e encheram por completo a Igreja das Chagas para assistir a este concerto”, destaca o Provedor António Carreira.

A programação de aniversário da fundação do Mosteiro das Chagas ficou completa, com a celebração de uma eucaristia, presidida pelo Padre José Guedes.

Mais de quatro séculos depois, do extinto Mosteiro das Chagas, resta agora apenas a Igreja com o mesmo nome e o espólio que se mantém à guarda do Museu de Lamego, que ali chegou pela mão do seu primeiro diretor. O antigo convento perdurou durante mais de 300 anos e encerrou apenas as suas portas em 1906, na sequência da extinção das Ordens Religiosas.

A República Portuguesa ditaria depois a sua nacionalização e mais tarde a decisão de demolir este mosteiro para a construção do antigo Liceu Nacional Latino Coelho.

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