O Plano de Atividades e Orçamento para 2024 da Santa Casa da Misericórdia de Lamego, aprovado por unanimidade pelos irmãos presentes na última Assembleia Geral, continuará a privilegiar uma gestão equilibrada e sustentada dos recursos, a par de boas práticas de intervenção e da humanização dos serviços.
O documento, que mereceu o parecer positivo do Conselho Fiscal, prevê um resultado final positivo de cerca de 125 mil euros, tendo em conta o orçamento das receitas e das despesas correntes e de capital.
“É um Orçamento rigoroso que traduz a realidade fidedigna desta Santa Casa, permitindo continuar a cumprir a nossa principal missão: cuidar de quem mais precisa. Além disso, reflete as opções da Mesa Administrativa ao nível dos investimentos, nomeadamente a conservação e melhoria das instalações com o objetivo de rentabilizá-las o melhor possível”, fundamenta o Provedor António Carreira.
Do lado das receitas, está prevista a atribuição de 72 mil euros, proveniente de uma candidatura apresentada ao Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais (PARES), no âmbito das obras de remodelação do Lar de Arneirós. Também está prevista a atribuição, pelo PRR, de 25 mil euros para auxiliar a aquisição de uma viatura elétrica destinada ao Serviço de Apoio Domiciliário (SAD).
Na apresentação das linhas gerais de atuação do próximo ano, António Carreira elencou as intervenções que serão concretizadas para garantir a manutenção e modernização das diferentes valências e do património da Misericórdia de Lamego. A Casa de Acolhimento, o SAD, a Cozinha, o edifício-sede e o apartamento herdado na Rua de Fafel recebem importantes investimentos para assegurar uma melhor rentabilização.
“Tendo em conta os desafios que o contexto nacional e mundial coloca, será um ano muito trabalhoso. Passará, em grande medida, por uma ação pautada pelo rigor, eficiência, efetividade e qualidade”, acrescenta.
A juntar a isto, o valor das despesas com pessoal continuará a crescer, devido a um novo aumento do salário mínimo nacional, bem como à subida generalizada dos preços (alimentação, higiene, combustíveis, eletricidade, entre outros).
Por uma “questão de cautela”, também foi submetida à apreciação da Assembleia Geral a proposta de um Orçamento retificativo para este ano, motivada, sobretudo, pela alienação de um terreno ao Município de Lamego, situado junto do Bairro de Nazes. Este documento prevê um resultado final negativo de cerca de 126 mil euros, inferior ao anteriormente previsto.
A encerrar, os irmãos aprovaram, por maioria, a alienação do prédio da Rua Nova e de um apartamento no concelho de Viana do Castelo, recebido em testamento. Foi também deliberado solicitar uma avaliação do valor do terreno, localizado junto ao antigo Hospital de Lamego, onde a autarquia pretende construir um novo equipamento de saúde.