“Foi amor à primeira vista”.
Aos 17 anos de idade, Ana Patrícia Teixeira começou a trabalhar como ajudante no Lar de Idosos da Santa Casa da Misericórdia de Lamego, na época, uma instituição gerida pelas Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição. Um amor que perdura até hoje e que corresponde ao único trabalho que teve durante toda a vida.
Nesta estrutura residencial para idosos, Ana faz de tudo um pouco.
Ajuda na higiene pessoal dos utentes, apoia o serviço de cozinha, auxilia a dar as refeições, acompanha as idas ao hospital, entre outras tarefas. “Somos os braços, os olhos e a boca, por exemplo, das pessoas acamadas. É uma adaptação constante. Agora existem cada vez mais utentes com demência, enquanto que antigamente eram mais autónomos”, explica.
Aos 50 anos, Ana Teixeira, casada e mãe de três filhos, confessa que, de todos os momentos menos bons, o que custa mais, é a perda dos utentes: “Fico sempre muito emocionada. Muitos idosos ficam-me na memória. Quando se sentem tristes, vêm desabafar connosco e ganhamos afeto”.