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ROSTOS DA MISERICÓRDIA: Catarina Maciel

A história de vida de Catarina Maciel conta uma trajetória única com um final feliz ligado à Misericórdia de Lamego. Natural do Rio de Janeiro (Brasil), a sua estadia nesta cidade duriense, inicialmente prevista para alguns meses, estendeu-se até hoje por ter encontrado a qualidade de vida e a segurança que sempre almejou. Já lá vão quase cinco anos.

Ao início, Catarina pertenceu ao crescente contingente de jovens brasileiros que buscam em Portugal um novo começo e uma oportunidade para ampliarem os estudos e qualificações.

Com formação universitária em Direito e Produção Cultural, a atual consultora jurídica desta Santa Casa ingressou na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego (ESTGL), superando até alguns contratempos surgidos com a pandemia. Com o tempo, adaptou-se à cultura e ao estilo de vida português. Tomou a decisão de ficar, em concordância com a sua família. Assumiu então vários trabalhos, mais ou menos temporários, para se sustentar. Foi cuidadora informal de idosos, ajudante de lar, empregada de mesa e funcionária de hipermercado. Um percurso sinuoso até ter sido selecionada para trabalhar na área jurídica na mais importante instituição de solidariedade social do concelho. Determinada e pró-ativa, é responsável pelas áreas da contratação pública e da elaboração de contratos de trabalho, entre outras tarefas.

“Trabalhar na Misericórdia de Lamego é motivo de orgulho e também de grande responsabilidade. Me sinto honrada em integrar esta equipe. Esta instituição carrega um legado de compromisso com o bem comum, com a ética e com a transformação social. Fazer parte dessa história, com o objetivo voltado para o coletivo, é algo que me motiva e me dá propósito. Saber que posso contribuir para resolver um impasse, evitar um litígio ou melhorar um procedimento interno, é um grande desafio e ao mesmo tempo gratificante. Mais do que uma função, é uma missão. Aqui tenho uma oportunidade constante de aprendizado e de serviço, o que me faz acreditar todos os dias que estou no lugar certo, com as pessoas certas, construindo algo que realmente faz a diferença”, relata, acrescentando que foi muito bem recebida por todos os colegas.

As saudades marcadas pela distância de mais de 8 mil quilómetros que separam o Rio de Janeiro e Lamego foram suavizadas com a chegada da sua mãe para viverem juntas. “Penso continuar a trabalhar em Lamego por muitos anos. Não tenho planos para regressar ao Brasil”, confidencia.

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