Logo SCML

ROSTOS DA MISERICÓRDIA: Manuela Costa

O seu trabalho faz a diferença.

Ajuda a aliviar o infortúnio que castiga a vida das crianças ao seu redor e tenta preencher o vazio que carregam, algumas desde o primeiro dia da sua curta existência.

Manuela Costa – “Manelinha” para os mais pequenos – é a funcionária mais antiga do Centro de Acolhimento Temporário (CAT) da Misericórdia de Lamego. Esta instituição acolhecrianças maltratadas, abandonadas ou negligenciadas, retiradas do seio familiar, por ordem do tribunal. Trabalha aqui há onze anos, mas a ligação à Santa Casa é muito mais antiga, depois de já ter passado também pela creche e pelo ATL.

Auxiliar de serviços gerais, as suas tarefas diárias vão muito para além de ajudar a dar as refeições, a toma dos banhos ou auxiliar nas atividades lúdicas. Manuela mantém o coração e a alma focados em tornar um pouco melhor o mundo de cada criança. “Gosto muito de trabalhar aqui. É gratificante. Cada uma tem uma história de vida diferente e a nossa missão é ajudá-las a crescer com os melhores valores. Somos a referência materna e a figura mais parecida com uma mãe”, explica.

O abandono parental e os traumas emocionais e psicológicos que acarreta para os filhos é a situação que mais a magoa: “Há bebés aqui abandonados ainda na maternidade e que nunca mais são procurados. Como mãe, não consigo compreender e sinto uma dor enorme por eles”.

No CAT de Lamego, uma equipa técnica multidisciplinar é responsável por definir um “Projeto de Vida” para cada um de modo a que a sua permanência aqui seja o mais breve possível.

Sente um misto de alegria e tristeza ao ver uma criança ser adotada para poder crescer num ambiente familiar. “Apesar de aqui não faltar nada, sei que vão ter uma mãe e um pai que lhes vão dar muito amor e carinho. Um menino adotado é muito desejado”, conta, com base na sua experiência, embora seja ao mesmo tempo “um momento difícil, porque deixam um pouco de si e levam um pouco de nós”.

No futuro, Manuela promete continuar a fazer a diferença para que as crianças que vivem no CAT cresçam num ambiente repleto de amor e cuidados.

Partilhar