Tatiana Taveira mantém o mesmo brilho no olhar, desde o primeiro dia em que entrou numa sala de aula como educadora de infância. Passaram, entretanto, duas décadas, e o entusiasmo inicial e o desejo de fazer a diferença nos primeiros anos de vida de cada criança não esmoreceu. “Descobri a minha verdadeira vocação. Sinto-me realizada com o que faço. Este trabalho é muito importante, porque somos a referência na vida dos mais pequenos”, explica.
Tatiana mostra paixão pela educação infantil, capacidade para estimular a aprendizagem e o crescimento cognitivo e preocupação em criar um ambiente acolhedor e seguro, respeitando o ritmo de aprendizagem de cada criança. A sua empatia, paciência e generosidade fazem dela uma profissional exemplar, admirada pelos seus pares e pelos familiares dos alunos. Para ela não é coisa de somenos dar liberdade de escolha a cada menino tendo em vista a formação do seu carácter e personalidade.
Foi um acaso da vida de Tatiana que a trouxe até aqui. Na universidade, chegou a frequentar uma licenciatura em “Engenharia Civil”, mas desistiu para ir ao encontro da sua verdadeira vocação. “Foi a melhor decisão que tomei na vida”. Talvez, porque tenha sido influenciada, ainda muito pequena, pela mãe que foi ama. “Na altura, já gostava de imaginar teatrinhos para entreter os mais pequenos”, recorda.
O início do seu trajeto profissional coincidiu com a entrada em funções no jardim de infância da Santa Casa da Misericórdia de Lamego. “Esta instituição sempre nos proporcionou todas as condições para desenvolvermos um bom trabalho. Nunca nos faltou material ou outro tipo de apoio logístico”, destaca.
No interior da sua sala de aula, os mais novos têm a oportunidade de aprender a brincar, por meio de atividades educativas e lúdicas. É uma forma de explorarem e experimentarem o mundo ao seu redor. “Preocupo-me mais em desenvolver as suas competências sociais e cognitivas. No 1º ciclo, têm depois a possibilidade de aprender a ler e a escrever”.
Casada e mãe de duas filhas, Tatiana Taveira considera, no entanto, que na construção do percurso educativo o mais importante “é, no final do dia, cada criança ir feliz para casa”.